Eu fui
EU FUI ! | Vanessa Urias foi conhecer o Lollapalooza 2013 e nos conta tudo!
21:55Renato Oliveira
Nos dias 29, 30 e 31 de março rolou em São Paulo um dos
festivais de rock/indie que mais tem crescido no país. Com um público de
aproximadamente 170 mil pessoas, o Jockey Club foi o cenário de um dos melhores
fins de semana da minha vida.
Cheguei já no segundo dia e lá estava eu às 13:00
entrando no Jockey Club cheia de expectativas pelos shows que viriam. Mas é
claro que nem tudo são “shows” num festival, né? Tem fila pra comprar Pilla (o
dinheiro/ficha usado no Lolla), fila pra pegar comida e bebida, fila pro
banheiro e fila pra tudo o que você imaginar.
Primeiro de tudo: Roda gigante! A
Heineken, patrocinadora oficial do Lolla, colocou uma roda gigante no meio do
Jockey Club. Fiquei uns 30 minutos na fila até chegar minha vez, mas a visão lá
de cima, ao som de Tomahawk, valeu a pena! E no final, ganhei um chopp
geladíssimo... Depois, segui para o Two Door Cinema Club, um pop indie uma
delícia de se ouvir. Mas antes do fim do show, tive que correr pro outro lado
do Jockey pra assistir o tão esperado Franz Ferdinand. O vocalista, Alex
Kapranos, já chegou cumprimentando em português e colocou todo mundo pra sair
do chão! Na sequência, assisti o Queens Of The Stone Age, uma das bandas que
mais atraiu a atenção do público nesse segundo dia, e ainda apresentou uma
música nova: "MyGodIs The Sun". Depois, meio sem pretensão, fui
assistir a banda A PerfectCircle. Surpresa total! Na minha opinião, o melhor
show do dia, sem dúvidas! Tocaram uma versão sensacional de “Imagine”, do John
Lennon. A cada música eu me arrepiava, a mistura do som, um toque melódico com
o peso do rock alternativo, e a performance dos integrantes fez todo mundo ir
ao delírio. Tinha me programado para, na sequência assistir The Black Keys, mas
resolvi trocar por Steve Aoki, já que ainda não tinha ido ao palco Perry. Apesar
de ter ouvido falar que o Keys fez um ótimo show, não me arrependi da troca.
Steve Aoki foi muito louco! Um Electro House com um toque de Dubstep, receita
perfeita pra ninguém ficar parado.
Último dia, ingressos esgotados, expectativa lá em cima,
cheguei a tempo de ver Baia homenageando Raul Seixas. Lirinha & Eddie
tocaram clássicos do Cordel do Fogo Encantado, saudaram os pernambucanos
presentes e fizeram todo mundo cair no frevo. No palco alternativo, Republica:
mais um super achado nesse Lolla! Metal e hard rock se contrapondo a todo o
indie do festival... Além de músicas próprias muito boas, teve um cover do Iron
Maiden, “The Numberof The
Beast”, e uma versão mais hard do clássico “Killing In The Name”, do
RageAgainst The Machine. No palco Cidade Jardim, a banda Puscifer se apresentou
regada a muito vinho e com a participação de ninguém menos que Eddie Vedder, do
Pearl Jam, que subiu no palco com uma garrafa de vinho na mão e ainda tocou
teclado em uma música. Foi piração total! Depois vieram os shows do Kaiser
Chiefs e do The Hives, ambos surpreendentes, cheios de energia, mostrando
serviço mesmo depois de algum tempo meio apagadas. E depois, adivinha doutor,
quem tá de volta na praça? Planet Hemp! Tocando os clássicos como “DigDigDig”,
“Legalize Já”, "Queimando
Tudo" e "Mantenha o Respeito", além de homenagear Chico Science e Chorão, O Planet Hemp marcou
o Lolla com um dos shows mais vibrantes do festival. Com todo mundo cantando
junto as letras já consagradas e muito bate-cabeça, a banda brasileira não
ficou devendo nada às bandas gringas! E para, literalmente, fechar o festival
com chave de ouro, o show inesquecível do Pearl Jam. O que foi aquilo, gente?
Parecia que as 60 mil pessoas se concentravam em um só palco, eram uma só
voz. Começaram tocando
“Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town”,
depois tocaram clássicos como “Do the Evolution”, “Even Flow”, “Daughter”, “World Wide Suicide”, “Jeremy”,
“Better Man” e “Alive”. Ouvir “Black” ao vivo foi emocionante, não sei nem descrever!
Eddie Vedder interagiu o tempo todo com o público, tirou onda, falou mensagens
positivas, e já ao fim do show (em português!) parabenizou São Paulo pela
aprovação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O que
mais posso dizer?
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