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Dia internacional da dança | Meus coreógrafos favoritos!

00:27Renato Oliveira

     Hoje é o Dia internacional da dança, a primeira das artes! Daí resolvi fazer este post especial, para celebrar esta data tão importante para o mundo. 
     A dança sempre foi fundamental para minha existência, a ela dediquei muitos anos de aulas, ensaios, treinos, criações coreográficas e muito estudo.  Estava escrito! Essa seria uma das minhas profissões.  
     Convido vocês para conhecer os meus coreógrafos favoritos e para viajar pelas obras mais importantes de suas trajetórias para o meu processo pessoal e artístico.




Rodrigo Pederneiras

     O cara é desde 1978 coreógrafo residente do Grupo Corpo, uma das principais companhias de dança do Brasil com mais de 30 anos de existência.    
     Os trabalhos de Rodrigo sempre me inspiraram muito, tanto pelo rigor técnico de suas obras, como pela forma em que o coreógrafo olha para o comportamento social, a música popular e clássica ao redor do mundo e a cultura do nosso país.   A companhia usa sempre a base do ballet clássico como ponto de partida para suas obras. #amo
     Conheçam "Bach" criado em 1996, o primeiro trabalho que assisti pessoalmente em Salvador, no ano em que ingressei na Faculdade de Dança.    Maravilhoso! 






Henrique Rodovalho

     Henrique Rodovalho é uma das minhas grandes influências brasileiras de dança contemporânea, dirige desde 1988 a Quasar cia. de dança de Goiânia-GO.
     O trabalho do coreógrafo já tem reconhecimento internacional por vários prêmios e participações em importantes eventos em todo mundo.
     Já assisti vários dos seus trabalhos, "Registro", "Coreografia para ouvir", "Divíduo" e "Só tinha que ser com você".
     Rodovalho sempre me impressionou com uma movimentação virtuosa e quase atlética, reflexos de sua formação em Educação Física.




Maurice Bejart

     Este foi o primeiro grande coreógrafo que conheci e me estimulou a compreender tão novo, a dança como profissão e entrega sem reservas.  Sua coreografia "Bolero" criada em 1961, marcou toda uma geração quando foi reapresentada em 1980 com o grande bailarino argentino Jorge Donn, no filme "Retratos da vida" do diretor francês Claude Lelouch.   
    Coreografou mais de 200 balés na sua maioria para sua companhia "Les Ballet´s de l´Etoile" mais tarde batizada de " Ballet-Théâtre de Paris".  
     Acreditava em uma movimentação que ironizava os padrões tradicionais das músicas clássicas, mas que reverenciava o ballet, sua dança aliava movimentos do cotidiano, danças tradicionais e urbanas, além de jazz, dança moderna e cultura oriental. 
     Seus discursos eram carregados de reflexões sobre a sociedade moderna, livre expressão da sexualidade e arte contemporânea.





Jiri Kylian

     Nasceu em Praga, República Checa, no ano de 1947. Começou os estudos de dança, aos nove anos, na Escola de Ballet do Teatro Nacional de Praga e prosseguiu-os no Conservatório daquela cidade e na Royal Ballet School, em Londres. 
   Kylián mantém uma estreita ligação com o Nederlands Dans Theater, enquanto coreógrafo residente e consultor artístico. 
    Seus trabalhos revelam uma diversidade de estilos, desafiando o academico combinando elementos de variadas origens. Kylian parece desvendar traços ocultos da nossa existência, através da sua dança. 
    Uma das experiências mais incríveis da minha vida foi assistir a "Petit mort" em São Paulo , com música de Mozart, a coreografia parece se inspirar nos padrões estéticos e sociais da época do compositor e suas íntimas motivações para compor.  





Alejandro Ahmed

     Coreógrafo e diretor artístico do Grupo Cena 11 Cia. de Dança, onde também atua como dançarino.  Alejandro começou como autodidata, experimentando movimentos que expressavam a maneira como pensava o mundo e sua dança.
     Com o grupo ele desenvolve uma experimentação coreográfica focada nos limites do corpo, e as suas múltiplas possibilidades e novos códigos.
 Amo a maneira como o coreógrafo, pensa a sua dança contemporânea, apoiada na ideia de transformação do corpo de quem atua, cria, assiste e/ou age.  
     Compreendam a ousadia do seu trabalho conhecendo "Violência", espetáculo criado em 2000.





Christopher Wheeldon 

     Conheci o Christopher como bailarino em um vídeo no You tube, depois descobri que o cara é um dos grandes coreógrafos de ballet contemporâneo do mundo e premiado com passagens pelo Bolshoi, New York City Ballet, Royal Ballet, San Francisco ballet e também em sua própria companhia.    Em 2011 criou sua versão de "Alice no país das maravilhas" um dos mais impressionantes balés que já assisti, exibido no Brasil exclusivamente pela rede Cinemark em fevereiro do ano passado.







Matthew Bourne


     Famoso por fazer suas próprias versões de obras clássicas do ballet, como "O quebra nozes", "A Bela adormecida" e  sua maravilhosa versão masculina de "O lado dos cisnes" (aquela que rola no final do filme "Billy Elliot"!).    Forte em erotismo e drama, como a versão original, a montagem recebeu ainda o prêmio de Melhor Diretor e Melhor Coreógrafo, ambos para Matthew Bourne, no Tony Award de 1999. Super colorida e com muito humor, a peça nos transporta para a boemia, ao invés dos grandes palácios, e a um universo masculino e ludicamente super gay, em detrimento do mundo feminino da versão original. 
     Sua versão de "O quebra nozes" é lúdica, ousada, criativa e muito divertida! 



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