Tive a sensação de que o Virarte, noitada que encerra sempre o Aldeia do Velho Chico, terminou mais cedo... Talvez essa tenha sido a edição mais cheia, foi o máximo rever amigos, assistir apresentações inusitadas e bons espetáculos de dança, teatro e música.

     O destaque da noite ficou por conta da intervenção coreográfica "Tá tudo brega" da Cia. de dança do Sesc. Nela o grupo aposta na irreverência do que se considera brega. Figurinos excessivos, músicas de dor de cotovelo e dançinhas toscas. Amei a idéias dos cd´s independentes, das dublagens engraçadas e da trilha que ia da Absoluta à Vanuza. Bacana a proposta, mas é preciso um olhar muito cuidadoso nessa direção, para não parecer forçado na interpretação, não há necessidade de excesso caricatural nos personagens e na atuação, a apresentação já é original por si só..., mesmo nesse olhar menos é mais. Legal mesmo foi a brincadeira com os nomes dos personagens, no melhor estilo "Wesley Safadão" hahahaha, Chaveirinho do Arrocha (enchendo e derramando), O Swing da Leoa entre outros. A perquisa de movimentos também permeou uma série de breguiçes e clichês coreográficos como chuvinhas, cacoetes de ballet, quadrilhas juninas e Flashdance.
     Mas sabe... Já vivi "Virartes" melhores, com musicas de bom gosto, com gente linda até o final com o sol nascendo e café da manhã mais bem servido e civilizado. O encerramento com o repertório de Taline Clara completamente panfletário fez muita gente desejar estar em casa. Por onde eu passava o comentário era o mesmo.  Pena... Adoro o Aldeia... Muito! #Sorry.